Tecnologia aplicada à educação

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No momento, o curso com o Winplot oferecido no Coleguium acompanha os alunos durante um semestre. Visando demonstrar a eficácia do software como ferramenta de ensino e aprendizado, as atividades iniciais se concentram nos tópicos regulares de Geometria Analítica do primeiro e terceiro anos, tais como:

Cumprida esta etapa inicial, esperamos ter preparado o terreno para um cenário ainda mais ambicioso e integrado, no qual os softwares matemáticos (de todos os gêneros) serão vistos, sem temores, como instrumentos de trabalho corriqueiros e de uso constante, não mais restritos às salas de "informática".

No curso Matemática com o Winplot, os alunos aprendem muito mais do que uma fascinante revisão "eletrônica" da Matemática que lhes será cobrada no vestibular. Deveria ser óbvio que os recursos do computador propiciam uma assimilação sem precedentes das noções matemáticas básicas, tema sobre o qual falaremos adiante. Mas, por terem optado pela versão original do Winplot, os estudantes agora se familiarizam com usos técnicos do idioma inglês, incluindo as correspondentes convenções matemáticas de notação (tais como o emprego do ponto em vez da vírgula na escrita decimal). Incontestavelmente, este conhecimento se mostrará ainda mais relevante quando chegarem à universidade. Além disso, o estudante toma consciência imediata de um fato crucial, ainda ignorado por muitos cidadãos instruídos: o de que a Matemática, apesar da sua propalada "exatidão",  não é uma construção rígida e imutável, visto que se transforma entre diferentes culturas e ramos do conhecimento (como a Ciência da Computação).

Com o Winplot, os alunos ainda desfrutam da oportunidade de rever noções gerais sobre o uso correto e eficiente do computador. Por exemplo, eles aprendem a posicionar corretamente as mãos para entrar com dados rapidamente via teclado, valendo-se de técnicas simples que minimizam a ocorrência de erros sintáticos — como a que consiste em digitar o nome de uma função sempre seguido de um par de parênteses (onde colocarão os argumentos da função).

Carlos César de Araújo, 14 de março de 2003

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